sexta-feira, 18 de novembro de 2011

ESTUDANTES DE GESTÃO AMBIENTAL DO CEST FAZEM PESQUISAS NO MUNICIPIO DE RAPOSA

          Estudantes do Curso de Gestão Ambiental farão, neste sábado dia 19, estudos e pesquisas no ecossistema do município de Raposa, entre as diversas áreas de estudos eles irão fazer levantamentos de várias espécies dos mangues na região.
          Sob o comando do Jovem e experiente professor Leonardo Soares, Mestre em Ecossistemas pela UFMA, os acadêmicos darão importantes passos na construção de um Gestor Ambiental. O curso que tem duração de 2 anos é excelente na teoria e exige uma intensidade em aulas práticas.


Dano ambiental de vazamento deve aparecer em médio prazo, alerta ONG


17/11/2011 20h09 - Atualizado em 17/11/2011 20h17
Eduardo CarvalhoDo Globo Natureza, em São Paulo

Extração petrolífera de águas profundas fica em xeque, diz Greenpeace.
Oceanógrafo afirma que chance de maré negra na costa do RJ é 'remota'.

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, disse nesta quinta-feira (17) que o vazamento de óleo provocado pela empresa Chevron durante a perfuração de um poço no Campo do Frade, na Bacia de Campos, "não tem a gravidade que se anuncia". 
Ainda assim, para a organização ambiental Greenpeace, o acidente do último dia 10 envolvendo coloca em xeque a extração de óleo em águas profundas.
Segundo Ricardo Baitelo, coordenador da campanha de energia da ONG, independente do tamanho da mancha de óleo, o impacto nos ecossistemas marinhos é certo. “Ocorre em período de médio a longo prazo, que não vai ser verificado nesta semana ou na próxima. As consequências se prolongam”, afirma.
O ambientalista afirma que deveria haver uma maior intensificação nas medidas de segurança antes de iniciar efetivamente a exploração de petróleo das camadas do pré-sal (em uma profundidade entre 5 e 7 mil metros). “Com o aumento (na extração), vamos observar conflitos com áreas de preservação”, comenta.

Corrente marítima

           Segundo Alexandre Macedo Fernandes, doutor em oceanografia física pela Universidade do Estado da Flórida e professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), as chances de ocorrer uma maré negra na costa do Rio de Janeiro, atingindo praias da região de Macaé, por exemplo, são remotas.
O especialista afirma que a distância do local da mancha da costa (cerca de 120 km, segundo a companhia) facilita uma dispersão do óleo para mar aberto, em direção ao sudoeste. Ele diz ainda que polos de pesca não serão afetados.
“Mas ainda é cedo para dizer alguma coisa, pois as informações divulgadas vêm de pessoas que estão com interesse na história. É cedo para ter uma posição definida”, afirma.

Aumento da mancha

             O Comando de Operações Navais da marinha informou nesta quinta-feira (17) que a mancha de óleo no campo de Frade aumentou. Mas, de acordo com o órgão, embora a mancha tenha se espalhado, ela ficou menos densa. A informação também foi confirmada pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), que estima para os próximos dias a conclusão do abandono definitivo do poço.
Segundo a assessoria de imprensa da Marinha, a expansão teria ocorrido por efeito do vento e da maré, e teria sido detectada por sobrevoos e imagens de satélites.
Fernandes considera positiva a dispersão da mancha para mar aberto. "É interessante que ela (a mancha) vá para mar aberto porque sofre processo de dispersão. Ela vai aos poucos se misturando com a água oceânica e o óleo sofre processo de envelhecimento, se desfazendo aos poucos", explica.
             As estimativas atuais da Chevron continuam situando o volume da mancha dentro da faixa aproximada de 64 a 104 metros cúbicos, ou 400-650 barris, sem informar se esta vazão ocorre a cada segundo, minuto ou hora. A área da mancha seria de pelo menos 163 km².
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) divulgou que vai autuar a companhia Chevron pelo vazamento de óleo. Porém, o valor da multa será definido apenas quando os trabalhos de contenção da fissura terminarem, já que é proporcional ao dano ambiental causado.

Sem gravidade

Ainda nesta quinta-feira, o ministro de Minas e Energia, 
Edison Lobão, disse que o vazamento de óleo provocado pela empresa Chevron “não tem a gravidade que se anuncia.”
De acordo com Lobão, a Petrobras e outras empresas estão ajudando na operação para estancar o vazamento. Ele ainda minimizou o impacto do acidente alegando que o óleo não está seguindo na direção de nenhuma praia.
“O vazamento não se deu na direção da praia e sim em sentido contrário, portanto não perturba ninguém. Além disso, o óleo está sendo recolhido”, disse ele.